Acordo proíbe distribuição do material por supermercados.
Não é de hoje que as sacolas plásticas desempenham papel importante na vida das pessoas. As mais simples são aproveitadas para recolher o lixo doméstico, e as mais sofisticadas, para carregar livros, casacos, guarda-chuvas e outros objetos extras do cotidiano que não cabem na bolsa.
Quando elas foram adotadas pelos supermercados, no final da década de 1950, pareciam ser a solução definitiva para o transporte de carne, frutas e alimentos em geral. A ideia era tão boa que logo se espalhou por todo comércio. Hoje, fazer uma compra em farmácias, padarias e feiras é sinônimo de trazer uma sacola plástica para casa. Elas até seriam aprovadas com mérito se não representassem um grave problema para o meio ambiente.
Sacolas plásticas em extinção
Esta prática corriqueira pode, enfim, estar em fase de extinção. Em São Paulo, entrou em vigor, no último dia 25, um acordo assinado em maio de 2011 entre a Associação Brasileira de Supermercados (Apas) e o governo do estado que deverá banir as sacolas plásticas de 90% das redes.
A partir de agora, os consumidores terão de levar recipientes de casa para embalar as compras. Uma outra alternativa serão as sacolas biodegradáveis, que terão um preço de R$ 0,19 cada. A medida é valida para todos os supermercados de São Paulo, o que representa um total de 1.200 associados. Habituados com a distribuição gratuita de sacolas nos caixas, os clientes ainda dividem opinião sobre a nova lei.
Opções ecologicamente corretas
Para economizar nas compras, o consumidor tem uma gama de opções ecologicamente corretas de embalagem dos produtos. O ícone em destaque são as ecobags. Elas foram criadas exatamente com o objetivo de conscientizar os consumidores sobre o uso excessivo de sacolas e para incentivá-los a adotar uma nova postura com relação ao meio ambiente. Além de serem bonitas e reutilizáveis, as ecobags são feitas de materiais que se decompõem em um período de tempo menor, algumas em até dois anos.
Outras opções menos populares são os carrinhos de feira, para quem está acostumado a fazer compras a pé; caixas de plástico dobráveis, que suportam de 35 a 60 quilos; sacolas de ráfia, feitas de fibras vegetais; sacolas de PET, feita de garrafas PET recicladas e caixas de papelão, que serão distribuídas pelos supermercados, caso o consumidor tenha esquecido de levar uma sacola e não queira comprar os sacos biodegradáveis.
Motivos para abandonar as sacolas plásticas
Elas são práticas, baratas, mas são também nocivas ao meio ambiente. Desde que estas sacolas se popularizaram pelo Brasil seu uso se tornou um vício. Mas existem motivos de sobra para abandoná-las. Em primeiro lugar, elas são compostas de polietileno, produto derivado do petróleo. Isto é, sua produção emite gases poluentes para a atmosfera. Além disso, a produção de uma tonelada de sacolas gasta energia suficiente para iluminar mais de 7.000 casas por uma hora, sem considerar a enorme quantidade de água gasta no fabrico.
A degradação deste material também é um dos agravantes, pois ela leva séculos para ocorrer. E, na maioria das vezes, terminam poluindo os mares. Lá, elas são confundidas como alimento por peixes e tartarugas marinhas, que acabam morrendo devido à obstrução do aparelho digestivo.
Para saber...
Na Europa, vários países já evitam a entrega gratuita desse material. Na Alemanha, por exemplo, quem utiliza sacolas de plástico é obrigado a pagar uma taxa extra por eles. Na Irlanda, desde 1997, paga-se imposto por cada saco plástico usado. A criação da taxa estimulou os irlandeses a fazerem compras com suas próprias sacolas de pano ou de palha e mochilas.
Em algumas cidades estadunidenses a utilização de “saquinhos” é proibida em supermercados e farmácias, somente as sacolas feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas.
Fonte: http://www.igeduca.com.br
Ao seu entender, qual deve ser o destino das sacolas plásticas? Comente sobre o assunto!
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